A casa nova dele, em São Paulo, tem jardim com beija-flor e muro cor-de-rosa. Nando chega de camiseta e descalço. Posa para o retrato, senta na varanda e fala sobre tudo: família, filhos, drogas, amores, música. Nos anos 1980, ele já sabia do que era capaz quando integrava os Titãs, banda que revolucionou a cena pop.
Nos anos 1990, antes ainda de sair da banda (em 2002), começou a produzir e compor para outros artistas e ganhou dois prêmios da APCA: pelo primeiro disco-solo, 12 de Janeiro, cujo nome é a data do seu aniversário, e pelo álbum Cor-de-Rosa e Carvão, que produziu com a cantora Marisa Monte (sua namorada na época) e Carlinhos Brown. Eclético, Nando fez parcerias com muita gente, dentro e fora dos Titãs, até suas músicas explodirem na voz de Cássia Eller.
Em 2010, fechou o ano estreando a turnê do novo CD, Bailão do Ruivão – uma festa em que canta sucessos marcantes como Marvin, Relicário, Segundo Sol e as canções prediletas de sua adolescência, como Balão Azul, de Guilherme Arantes. Neste mês, Nando completa 48 anos e diz que está onde queria estar. Durante a entrevista, revelou paixões, incluindo os cinco filhos e a primeira neta. Como faltou tempo para falar de futebol, pediu que ‘eu contasse às leitoras que ele é são-paulino roxo.